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domingo, 7 de novembro de 2010

Peixes de rios brasileiros têm gorduras benéficas

Agência EstadoAgência Estado

O tucunaré faz sucesso na Amazônia

Peixes brasileiros de água doce são muito gordurosos, e, portanto, nada saudáveis. Certo? Errado.

Segundo o pequisador Rogério Souza de Jesus, do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), espécies como pintado (ou surubim, como é mais conhecido na região Norte), tucunaré, pacu e pirarucu são fontes de ômega 3. Esta gordura está associada ao combate do colesterol ruim e à prevenção do mal de Alzheimer.

Jesus, que publicou um estudo sobre o valor nutricional dos peixes brasileiros de água doce, explicou ao R7 que esses animais possuem, em geral, uma composição bastante parecida com a dos peixes marinhos tidos como nobres (como o salmão e o atum).

- O consumo regular de peixes de água doce é tão ou mais saudável que o consumo de peixes marinhos, pois os primeiros possuem a vantagem de não desenvolverem o odor de trimetilamina, que caracteriza o pescado marinho de um modo geral. Eles apresentam um aroma mais suave e agradável, de plantas aquáticas, quando frescos.

Aproveite a abundância de espécies e incremente o seu cardápio com uma receita de surubim recheado e dicas de especialista.

*Colaborou Cecília Leite, estagiária do R7.

Surubim ou pintado, não importa o nome que você dê:
aprenda a preparar este peixe recheado

Encontrado na água de rios brasileiros, ele está entre os mais requisitados

Mariana Garcia, do R7
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Este é o legítimo surubim (ou pintado) brasileiro

Na região Norte, ele é o surubim. Descendo em direção ao Sul do país, torna-se o pintado. Este peixe brasileiríssimo de água doce e carne suculenta - quase sem espinhos - está entre os mais requisitados pela culinária de Estados como Amazonas, Mato Grosso, Tocantins e Mato Grosso do Sul.

Mas não é preciso estar próximo a um dos rios onde esse peixe costuma ser encontrado para degustá-lo. Nos últimos anos, a oferta de surubins e também de espécies como o pacu, o tucunaré e o pirarucu - cuja carne tem sabor bastante semelhante à do bacalhau - tem crescido. Em grandes redes de supermercados, já há filés congelados desses e de outros pescados da bacia amazônica.

Trata-se de uma boa notícia, já que, assim como peixes de águas marítimas frias (como o salmão, o atum e a sardinha), muitas das variedades encontradas em águas doces brasileiras são ricas em gorduras do tipo ômega. Esses óleos são reconhecidamente aliados da saúde do coração e ajudam a combater o envelhecimento precoce.

Para Emmanuel Bassoleil, chef francês radicado no Brasil, a vantagem de preparar peixes é a versatilidade.

- Em comparação com as carnes vermelhas, os pescados se saem melhor por serem mais delicados. Com isso, é possível criar muito mais. Os peixes brasileiros, especialmente os do Norte, são mais firmes, por isso, precisam de um pouco tempo mais no fogo.

O francês dá ainda outra dica preciosa para que o prato fique mais saboroso: se o pescado estiver congelado, nada de resfriá-lo na água quente.

- Deixe a carne descongelando da noite para o dia, na geladeira. Se resfriá-la na marra, a textura não ficará boa após preparada.
Para não cair no batido pintado (ou surubim) assado na brasa, a sugestão é fazê-lo com recheio de espinafre.

Veja como fazer:

Ingredientes
4 filés de surubim
3 dentes de alho esmagados
1 maço de espinafre
1 xícara (chá) de queijo parmesão ralado
1 cebola ralada
1 copo de água
1 copo de vinho branco seco
1 copo de azeite
Suco de dois limões
Sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo
Tempere os filés com sal, alho, pimenta e limão. Lave bem o espinafre em água corrente e cozinhe-o apenas com o líquido que sobrar na verdura. Desligue o fogo, escorra o espinafre e pique-o. Leve a verdura de volta à panela, acrescente a cebola ralada e parte do queijo ralado. Coloque uma porção dessa mistura sobre cada um dos filés. Enrole os peixes e prenda-os com palitos. Em um refratário, disponha os filés, despeje a água e o vinho, regue com azeite e leve ao forno. O prato estará pronto quando a carne estiver dourada.

*Receita cedida pela Noronha Pescados

fonte http://entretenimento.r7.com/receitas-e-dietas/noticias/surubim-ou-pintado-nao-importa-o-nome-que-voce-de-aprenda-a-preparar-este-peixe-recheado-20101106.html

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